07 May 2019 01:27
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<h1>Chineses Apanham No Mercado De Motos</h1>
<p>A recente debandada de fabricantes de motos da China mostra que qualidade e serviços são tão ou mais essenciais que preço — a história se repetirá com os automóveis? São Paulo - No momento em que foi lançada, em fevereiro de 2008, a fabricante de motocicletas Dafra prometia fazer um baita estrago. Construída a começar por um investimento de cem milhões de reais do grupo Itavema, rede de concessionárias que fatura 6 bilhões de reais por ano, a empresa inundou o mercado com motos até 15% mais baratas do que as concorrentes. A chave pra essa finalidade: as motos vinham da China, estado que, como se conhece, tem custos de criação imbatíveis.</p>
<p>Em um pouco mais de um ano, as motos da Dafra conseguiram obter 4% de participação de mercado, incomodando as líderes Honda e Yamaha (que, somadas, têm 90% do mercado). Cursos Profissionalizantes Online Com Certificado não eram menos ambiciosos — voltar a 10% de participação em 2012, com mais ou menos 400 000 motos comercializadas por ano. Para isso, a montadora montou uma fábrica em Manaus e contratou o apresentador Luciano Huck e o ator Wagner Moura pra estrelar seus comerciais.</p>
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<p>Ia tudo dando direito, até que as baratas motos chinesas começaram a ter defeito. O blog Reclame Nesse lugar recebeu 1 084 queixas nos últimos três anos contra a Dafra, mais do que qualquer outro fabricante de motos. Consequência: a empresa encolheu à metade. “Subestimamos a sofisticação do mercado brasileiro”, diz Visão De Texto Para Concurso , presidente da Dafra.</p>
<p>Para recuperar a imagem, Franco fez parcerias com marcas como a italiana MV Agusta e a alemã BMW. Principalmente: as motos não são mais apenas chinesas — as peças vêm de China, Índia e Coreia. Prova Do Anjo Terá Ronaldo Como Juiz de que se trate de um caso emblemático, não foi só a Dafra que sofreu com as exigências do freguês brasileiro. Um levantamento cumprido por Exame contou que, entre 2007 e 2009, o Brasil recebeu 35 recentes marcas de motocicletas — vinte e nove delas chinesas.</p>
<p>Todavia, até março desse ano, quase todas haviam desaparecido do mercado. A recessão que derrubou as vendas de motos em 20% em 2009 foi particularmente cruel com as fabricantes chinesas. Como a maioria delas nem possuía uma rede de concessionárias ou uma fábrica aqui, seus representantes nacionais não tiveram infraestrutura pra suportar a turbulência. Num setor em que 40% das vendas são motivadas por consumidores que querem se livrar do transporte público, ninguém achou a menor graça quando as peças para manutenção começaram a faltar. Como as motos mais baratas acabam virando meio de serviço de muita gente, o cliente foi percebendo que valia a pena gastar pouco mais pra ter um objeto confiável.</p>
<p>Mesmo quem conseguiu fazer certa infraestrutura no Brasil teve dificuldade em suportar com um mercado tão competitivo. Logo que chegou ao Brasil, em março de 2007, a FYM, uma das maiores fabricantes da China, investiu dez milhões de reais na construção de uma fábrica em Manaus com o intuito de produzir 250 motocicletas por dia. Os 5 Erros De Português Mais Cometidos Em Concursos Públicos , no entanto nunca chegou a operar por ausência de dinheiro.</p>
<p>Nos dias de hoje, as poucas motos da marca vendidas no estado saem do estoque de alguns importadores. Organizações como JAC e Chery estão montando fábricas no estado e montando redes de concessionárias. No caso da JAC, agora são setenta revendas. A companhia também inaugurou um centro de estoque de peças pra manutenção, justamente pra evitar deixar seus consumidores a pé. A Chery, que investiu mais de 700 milhões de reais no Brasil, tem entre seus fornecedores marcas habituais do setor, como a americana Visteon e a alemã Bosch.</p>